Estranho no ninho! Sabe essa expressão? Pois é bem assim que eu me sinto, mesmo após um mês em casa, eu ainda não me sinto 'em casa'. Ainda tenho alguns pertences na mala que parecem querer dizer que eu estarei de partida a qualquer momento, meu armário é aberto esporadicamente, somente quando realmente preciso de algo dentro dele, minha cama possui cheiro e forma de outro corpo que a habitou durante a minha ausência, meus livros me encaram como se dissessem que são estranhos a mim e por fim, meu sistema biológico totalmente desacompanha o ritmo da casa. Se estes não são indícios de que eu ainda não me readaptei, então não sei o que são, minha pergunta é: quando eu estarei completa de novo?
Retornei de viagem com a cabeça fervilhando de planos sólidos, só não pensei que teria de esperar para que eles pudessem se tornar realidade, afinal, não conseguimos tudo o que queremos na hora, não é mesmo? Nesse meio tempo fica aquela sensação ruim de inutilidade e de peça fora do jogo, cresce a saudade da vida que tive longe e aumenta a chance de cometer uma estupidez por conta disso. Precipitação não faz parte do meu jeito de ser, pelo contrário, muitas vezes até deixei de agir por pensar demais, e agora, essa parece ser a única constante na minha vida. Não quero perder a cabeça agindo de forma imatura e inconsciente, mas ficar neste estado de inércia em que me encontro talvez seja uma tarefa árdua demais para a minha frágil cabeça, pior até, pois ensandece aos poucos e quando se vê, já era! Como já dizia minha mãe, cabeça vazia é oficina do diabo, a minha está adquirindo filiais daqui a pouco.
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